Print mostra mensagem que suspeita de fingir câncer enviava para aplicar golpes: ‘Momento de desespero’
01/08/2024
Karmilla Morgana foi presa em Aparecida de Goiânia após vítimas desconfiarem e a denunciarem. Defesa diz que a cliente sofre de 'severos problemas psicológicos' e faz uso de medicações controladas. Kamilla Morgana e mensagens enviadas à vítimas de golpes, em Goiás
Divulgação/Polícia Civil
A mulher que foi presa suspeita de fingir câncer para aplicar golpes enviava mensagens às vítimas com o objetivo de emocioná-los e sensibilizá-los para adquirir doações, segundo explicado pelo delegado Igomar de Souza Caetano. Ao escrever para uma das vítimas, Kamilla Morgana diz que estava em tratamento oncológico e que passou por um momento de desespero.
“Estou em tratamento oncológico e vivendo uma situação muito delicada. Nossas economias estão desfalcadas”, escreveu Kamilla à uma das vítimas.
“Ela entrava em contato por mensagem e alegava que o plano de saúde não cobria o tratamento, mas era tudo mentira”, explicou o delegado.
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Kamilla Morgana, de 29 anos, foi presa nesta terça-feira (30), em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Em nota, a defesa disse que a cliente sofre de "severos problemas psicológicos" e faz uso de medicações controladas, "o que compromete sua consciência sobre seus próprios atos".
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Golpes
Ao g1, o delegado contou que Kamilla aplicava os golpes em amigos, parentes e outras pessoas próximas e prestadores de serviço que conhecia. Essas vítimas desconfiaram das doenças e denunciaram o caso à polícia.
Nas mensagens enviadas às vítimas, Kamilla disse que, apesar de o plano de saúde supostamente não cobrir o tratamento que ela dizia fazer, o procedimento era reembolsável. No entanto, ela alegava necessidade de urgência do tratamento.
“Preciso fazer o procedimento o mais rápido possível. Dos R$ 48 mil meu pai conseguiu boa parte, a questão é que já estamos esperando reembolso do plano. Gastamos quase R$ 500 mil na últina internação e ainda falta mais de 20 dias parao o reembolso”, escreveu Kamilla na mensagem.
“Não tive outra opção do que pedir ajuda às minhas clientes mais próximas. Eu preciso de R$ 15 mil ainda”, completou.
Mensagens enviadas à vítimas de golpes por Kamilla Morgana
Divulgação/Polícia Civil
Segundo o delegado, até a escola da filha dela chegou a arrecadar doações em dinheiro e transferir para ela por Pix.
“São várias vítimas em valores diversos. Ela aplica golpe em prestador de serviços, professor e escola, tudo o que ela conseguia. Ele pagava cartão de crédito emprestado e não pagava. Os golpes eram contra amigos, familiares e pessoas próximas, ela não tinha problema com isso”, disse.
Segundo o delegado, Kamilla não tinha nenhuma doença, mas usava uma bandana na cabeça para sensibilizar as vítimas. Disse ainda que a investigada não trabalhava e ostentava uma vida de luxo com o dinheiro das doações. “Ela já chegou a morar em um apartamento de luxo”, finalizou.
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